Sou adepta a felicidade como forma de vida, mas até eu, às vezes, saiu do meu eu. Parecem pancadas de dentro do peito, é como se o meu coração não estivesse batendo e sim lutando pra não parar. Não é que eu seja uma "sentimentaloide", mas é tão forte que eu nem consigo pensar como antes, o sorriso fica tão falso não parece meu. Eu queria que o mundo parece para eu concertar as coisas. Queria ter um botão de pause só pra voltar ao meu corpo e lembrar qual era o próximo passo. Mas quando dói é tão difícil. É difícil ser amiga, é difícil ser filha, é difícil ser namorada, é difícil ser qualquer coisa. É tão difícil cuidar dos outros e até cuidar de mim fica difícil. Por que as pessoas não param de falar quando você não quer mais ouvi-las? Por que que quando tudo esta em silêncio você ainda quer gritar CALE A BOCA? Deve ser aquela voz na sua cabeça enchendo o saco, que consegue ser mais aguda que qualquer outra a sua volta.
É tão fácil olhar para uma pessoa que te pede ajuda e dizer: "você consegue, você é forte, você é melhor que isso, vai ver que é só uma fase..." ou qualquer outra frasezinha clichê, até que você esteja passando por um momento onde a decisão mais sensata seja surtar, explodir, tocar o foda-se to nem aí. Aí você conta até dez, cem, mil, você conta até algum número e respira fundo entre um número e outro como se aquilo fosse um mantra, ou grita, adoro gritar, puxa bem a respiração e volta no "AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA" o problema é que eu não sei o que vem depois, até que fazer estas coisas ajudam a ter um tempinho pra pensar, ou organizar a cabeça numa ordem legível para os seus pensamentos, mas num faz com que passe. Não sei se posso desabafar, mas vou: "Eu não consigo falar como me sinto pra pessoas mais próximas de mim, tenho vários amigos e eu falo que os amo todos os dias, é tão simples, é só abraçar e amar. Mas na minha família não é tão simples assim e é estranho eu poder por isso aqui com tranquilidade e certeza de que eles nunca vão ler, porque por mais que eles saibam que meu blog existe e que ele é importante pra mim, eles nunca vão ler. Eu aprendi a oferecer o que eu gosto: atenção, afeto, um ombro amigo. Eu aprendi que estar lá é a coisa mais linda que você pode fazer por alguém, estar lá quando a pessoa precisa chorar, ou quando ela precisa se sentir segura, estar lá quando sua amiga brigar com os pais ou namorado, estar lá quando o mundo dos outros esta caindo, ou quando a pessoa acha que todo mundo esqueceu. E acho que é uma das coisas que eu faço de melhor. Mas às vezes, só às vezes, ta?!, eu queria que estivessem lá por mim também."
Eu sou do tipo de pessoa que me dou bem comigo mesma, sou uma boa amiga minha, eu olho pra mim e digo coisas como: "fique calma", "esta tudo bem", "olhe tudo o que você tem, pare de reclamar", mas às vezes não dá, nem tudo é conformidade. Eu to tão bagunçada que até meu texto está confuso, mas o blog da Suúh e a escrita da Suúh também são eu.
Agora em todas as sextas, se tiver outro dia é lucro :D